domingo, 25 de janeiro de 2009

LUTEFISK



Hoje é um dia histórico para mim.

Ao fim de quase um mês em terras da Noruega, finalmente tenho internet em casa.

Já morria de saudades e agora que soube que alguém andou a dizer por aqui que eu estava doente, eis-me a comprovar o contrário. Estou vivinha da costa e recomendo-me.

E começo precisamente com uma das minhas postagens corrosivas, desta feita sobre o peixe, regra geral bacalhau, que é tratado por estas bandas, com hidróxido de potássio ou soda cáustica, como melhor quiserem chamar.

Depois de tratado e cozinhado, é acompanhado com batatas, toucinho fumado, puré de ervilhas e lefse que é um molho de carne, manteiga derretida e queijo de cabra.

Não é coisa de que eu goste muito. Tenho apanhado muitas "injecções" de lutefisk porque os meus colegas noruegueses são como nós portugueses que quando convidamos alguém para almoçar ou jantar, lá oferecemos a velha feijoada ou o cozido à portuguesa, tão do agrado de toda a gente.

Veio isto a propósito do Kira me ter oferecido uma pratalhada de cozido à portuguesa, que eu muito gostaria de ter aqui para comer.

Agora só me resta esperar que o tempo passe, para regressar a Portugal e convidar todos aqueles que detesto, para uma lauta refeição onde o prato principal será o lutefisk.

Como sou inexperiente na sua preparação, ninguém me levará a mal se a soda cáustica produzir os seus devidos efeitos na barriguinha de cada um deles.

Para quem estiver interessado, aqui deixo a receita:

Preparação

O lutefisk é preparado com peixe branco, normalmente bacalhau, e soda cáustica, numa sequência de tratamentos especiais. O primeiro tratamento é submergir o peixe em água fria durante cinco a seis dias, mudando-a diariamente. O peixe saturado é então submerso numa solução de água fria e soda cáustica por mais dois dias, sem que seja mudado este líquido. O peixe cresce durante esta imersão, ganhando um tamanho superior ao do peixe original fresco. Porém, o conteúdo proteico desce paradoxalmente para menos de 50%, causando a sua famosa consistência gelatinosa. Quando termina este tratamento, o peixe, saturado com soda cáustica, adquiriu um pH de 11-12, sendo, por isso, corrosivo. Para tornar-se comestível é necessário um último tratamento, que consiste em deixá-lo mais quatro a seis dias imerso em água fria, mudada diariamente.
Após este último tratamento, o lutefisk está pronto para ser cozinhado. Na Finlândia, o reagente tradicional é a cinza de bétula, que contém uma grande quantidade de carbonato de potássio e de hidrocarbonato, o que confere ao peixe um tratamento menos agressivo que a soda cáustica. É importante não mergulhar demasiado tempo o peixe no potássio, uma vez que as suas gorduras podem sofrer uma saponificação, que as converterá em sabão. O termo usado para designar o peixe inutilizado é saippuakala, significando peixe sabão.

Como cozinhá-lo

Após a preparação, o lutefisk encontra-se saturado de água, pelo que deve ser cozinhado com cuidado, para não se desfazer. Não necessita água adicional para a cozedura. Basta colocá-lo numa frigideira, adicionar-lhe sal, tapar bem a frigideira e deixá-lo cozer no vapor, em lume muito lento durante 20-25 minutos. Também é possível cozinhá-lo no forno. Nesse caso, é colocado numa travessa que possa ir ao forno e coberto com papel de alumínio, sendo deixado a assar cerca de 40-50 minutos a 225°C.
Ao cozinhar e comer lutefisk, é importante limpar os restos da frigideira, os pratos e os utensílios imediatamente. Quando os restos endurecem, é quase impossível eliminá-los.

3 comentários:

Anónimo disse...

AI MELHER!
AINDA BEM QUE JÁ VIESTES QUE ISTO AQUI É UMA PASMACEIRA.

QUEM SOU EU?

SOU AQUELA QUE TEM UMA TATUAGE NO BRAÇO, A DIZER ANGOLA 1970-74.

Ui!Ui!Ui

HOJE ESTOU TODA DOIDONA SÓ DE PENSAR NO "BACALHAU".

O OUTRO DISSE QUE EU NÃO TENHO GRAÇA, MAS NÃO DISSE ISSO QUANDO FOI COMIGO AOS GAMBOZINOS.

FATELA! BRUXO!

Anónimo disse...

Maricas de merda.

KIRA disse...

ía morrendo!

em vez de soda cáustica coloquei ácido sulfúrico no lutefisk.

salvou-me uma açordinha alentejana.