domingo, 1 de fevereiro de 2009

ONDE IRÁS PARAR, PORTUGAL?



Sabemos todos, mas ninguém diz, por medo não sei de quê, à excepção do General Loureiro dos Santos e de Medina Carreira, que há grande instabilidade social em Portugal e que isto vai acabar muito mal.
Como disse em anterior “post”, Portugal caiu num poço fundo e ninguém duvide disso. Basta constatarmos que temos 17% de índice de pobreza, 70% de dependência alimentar externa, fecho generalizado de empresas, índice negativo de crescimento demográfico, desertificação e envelhecimento do interior, crescimento incomportável da divida externa, tudo isto acrescido da imoralidade da classe política.
É urgente, digo-o com todas as letras, uma Revolução.

E uma Revolução actualmente em Portugal, conforme estão as coisas, poderá ter três cenários:

CENÁRIO Nº 1

-01 de Fevereiro - J.M.C., tipógrafo- chefe da Imprensa Nacional da Casa da Moeda, dá entrevista em que relata que a alteração à ZPET na área do Freeport se deve a gralha de impressão; O lapso será rectificado em DR posterior. Inquérito da Procuradoria, concluído em quatro dias, iliba José Sócrates no caso Freeport. O Governo, que felizmente nos governa, continua a sua magnífica obra de contenção do défice, aumento do emprego, diminuição da carga fiscal e reforma da administração pública. O banqueiro Jardim Gonçalves é detido, quando janta no Tavares Rico – conta quem assistiu, que reagiu com elevada dignidade; o piquete da PJ foi discreto, permitindo que o conhecido banqueiro degustasse até ao fim o afamado bife à casa -. S Exa., o Presidente da República, recebe em audiência semanal na sua residência de Boliqueime, onde prolongou as férias de Natal, S. Exa. o senhor primeiro-ministro. É avistado no pão dos pobres, na Igreja de Santa Cruz, o conhecido empresário Joe Berardo; embora embuçado e com barba de semana, foi reconhecido pela sua habitual indumentária preta. O Poeta Manuel Alegre, de partida para Jacarta, onde foi colocado como embaixador, visita a exposição de Júlio Pomar, no palácio foz. O Sr. Cardeal Patriarca exige que o PR vete a lei dos casamentos gays; O PR, não obstante, promulga-a. A SGTP congratula-se com a suspensão do novo código de trabalho. O Governo cria fundo de apoio às pme’s e a quem queira instalar o seu próprio negócio. A taxa de desemprego desce ligeiramente; vai renascendo a esperança.

CENÁRIO N.º 2

-01 de Fevereiro - O Dr. Diogo, Juiz titular do 3.º Juízo Criminal da Covilhã preside a uma busca numa agência bancária da cidade, no rasto dos 4 milhões de euros do caso Freeport. O Primeiro-Ministro, impotente para debelar a crise e desgastado pelo escândalo, demite-se. O PR pede a Dias Loureiro que convença Manuel Alegre a presidir a um governo de unidade nacional; Este corre Dias Loureiro e comitiva a pontapé. O PR, sem alternativas, indigita Paulo Portas, que empossado às 13 horas, vai em grande comitiva, almoçar ao Tavares Rico. Chega da sua visita “ad limine” à Sé Apostólica, o Sr. Cardeal Patriarca; Mantêm, ficamos a saber, as reservas aos casamentos mistos entre católicas e muçulmanos; ao inverso, não. A primeira medida do novo governo é queimar os arquivos do Ministério do Ambiente relativos ao caso Freeport e Portucale. De seguida a tropa é desmobilizada, põe a Guarda Republicana de prevenção e fecha os jornais da oposição e o Blog do “Poleiro Pá”. É apupado à saída de S. Bento o ex-ministro Santos Silva; não se livra de uma saraivada de ovos podres e uma carga de sopapos. À noitinha, são apanhados a sair do Gambrinus os comentaristas Pulido Valente e Sousa Tavares – conta quem viu, que vinham de braço dado, muito amigos; juram outros, que pareciam embriagados-. Os novos membros do governo atribuem-se ordenados de 15.000,00 euros e esfuma-se a esperança.

CENÁRIO N.º 3

01 de Fevereiro- Levantamento popular por todo o país. Formam-se por toda a parte comissões populares. A tropa sai à rua, secundando o povo. É saqueada a casa de Sócrates na Rua Braancamp. Dissolve-se o parlamento e cai o governo. Telegrafa-se a Bruxelas a dizer que agora é o Povo quem manda. Vão presos e responderão a processo os principais intervenientes dos últimos anos na política nacional. Desembarcam em Paris, onde se exilam, os conhecidos empresários e capitalistas Jorge Mello, Belmiro de Azevedo e Américo Amorim. O Poeta Manuel Alegre é indigitado pela Junta Governativa para formar governo provisório. É certa a reforma dos impostos, a suspensão das medidas do regime deposto, nova Constituição. Há semanas que não há notícias do PR e do Sr. Cardeal Patriarca; diz-se que um está a banhos em Boliqueime, o outro em repouso na sua casa de Alvorninha. Corre que os comentaristas Pulido Valente e Sousa Tavares se pegaram ao estaladão quando saíam do Gambrinus – conta quem viu, que estavam embriagados. Cada membro do novo governo provisório prescinde do respectivo salário. Renasce a esperança.

No Barreiro são corridos todos os oportunistas que vivem à sombra do partido Socialista. O Hospital Nossa Senhora do Rosário é considerado o melhor da Península Ibérica, a Misericórdia tem capacidade para albergar todos os velhos e crianças desvalidos, do Concelho, tendo o seu Provedor, restantes membros da mesa e assessores, prescindido dos seus altos salários em benefício de melhores condições de alojamento daquela Instituição, passando todos a trabalhar de graça. Aqueles que se prove terem sido vigaristas e oportunistas, são levados a Tribunal e apanham pesadas penas de prisão não remível.

Três cenários imaginários mas possíveis.

Portugal já bateu no fundo.

Deste lado do Mundo onde me encontro, faço votos de que os portugueses tenham a coragem suficiente para reverter toda esta situação que terá de passar, sem dúvida nenhuma, por uma nova REVOLUÇÃO.

9 comentários:

Anónimo disse...

Revolução?
Venha ela. Que os Espanhois entrem por aqui a dentro e fiquem com Portugal para eles.
Só assim esta merda de país ganharia rumo.

EU quero ser espanhol.

Anónimo disse...

Estamos a precisar de um novo 25 de Abril que nos traga pessoas sérias, honestas e sabedoras para a frente dos destinos de Portugal.

Com este caso Freeport, um qualquer outro PM de um país civilizado, já se tinha demitido de imediato.
Portugal anda nas bocas do mundo pelas piores razões.
É o descrédito total. É A VERGONHA!

Carlos Alberto Correia disse...

Eh! Mecinha! Eu...oh! Eu um grande OH! E digo eu que sou de esquerda. Perante isto, a forma, o conteúdo a verve, que mais posso dizer que confessar a minha grande inveja por não ter tido esta ideia, nem escrito isto. Mecinha a Presidente, JÁ!

Anónimo disse...

PROPONHO:
PARA COLOCAR PORTUGAL NO MAPA : TODA A POPULAÇÃO DEVE ABANDONAR O PAÍS (ESPANHA,FRANÇA,BRASIL,ANGOLA,MOÇAMBIQUE ETC.).
QUE FIQUEM APENAS OS GOVERNANTES E OS PRETENDENTES A GOVERNANTES.

Anónimo disse...

AH ganda mecinha.

Anónimo disse...

Peço desculpa por vir ocupar um espaço que é seu, com um assunto que não tem nada a ver com o teor do “post”, mas garanto que é por uma boa causa: a DEFESA DA CULTURA POPULAR. Permita-me que aqui publicite os VIII JOGOS FLORAIS DE AVIS, cujo regulamento se encontra disponível em www.aca.com.sapo.pt e cujas dúvidas podem ser esclarecidas pelo 969015106.
Grato pela amabilidade, queira receber saudações culturais do
Fernando Máximo/Avis

Anónimo disse...

Pode-se saber o motivo porque não tem escrito estas coisas no Rostos?

Eu sei que o SP às vezes é cagarola e não publica, mas só perde com isso pois você excreve coisas muito acertadas e do senso comum.

Anónimo disse...

Onde param as moçoilas e/ou princesas que deixam o pobre do sapo à espera do bejinho que o vai tornar príncipe?

Flor disse...

Viva meu Caro Dr.
Já não há princesas como antigamente.

Vim passar esta semana à Suécia e ainda está aqui mais frio que na Noruega. Mas este país é lindo e tem muitas moçoilas loiras com olhos azuis.

Sexta-feira regresso a Oslo.

Morro de saúdades vossas.

Um abraço