terça-feira, 11 de maio de 2010

ASSUNTO VERÍDICO : CARTA DE UMA MÃE

> INVERSÃO DE VALORES - CARTA DE UMA MÃE PARA OUTRA MÃE (ASSUNTO VERÍDICO).

>
> *Carta enviada de uma mãe para outra mãe no Porto, após um telejornal da
> RTP1:
>
> Citar
> De mãe para mãe...
>
> Cara Senhora, vi o seu enérgico protesto diante das câmaras de
> televisão contra a transferência do seu filho, presidiário, das
> dependências da prisão de Custóias para outra dependência prisional em
> Lisboa.
> Vi-a a queixar-se da distância que agora a separa do seu filho, das
> dificuldades e das despesas que vai passar a ter para o visitar, bem
> como de outros inconvenientes decorrentes dessa mesma transferência.
> Vi também toda a cobertura que os jornalistas e repórteres deram a
> este facto, assim como vi que não só você, mas também outras mães na
> mesma situação, contam com o apoio de Comissões, Órgãos e Entidades de
> Defesa de Direitos Humanos, etc...
>
> Eu também sou mãe e posso compreender o seu protesto. Quero com ele
> fazer coro, porque, como verá, também é enorme a distância que me
> separa do meu filho.
> A trabalhar e a ganhar pouco, tenho as mesmas dificuldades e despesas
> para o visitar.
> Com muito sacrifício, só o posso fazer aos domingos porque trabalho
> (inclusivé aos sábados) para auxiliar no sustento e educação do resto
> da família.
>
> Se você ainda não percebeu, sou a mãe daquele jovem que o seu filho
> matou cruelmente num assalto a uma bomba de combustível, onde ele, meu
> filho, trabalhava durante a noite para pagar os estudos e ajudar a
> família.
>
> No próximo domingo, enquando você estiver a abraçar e beijar o seu
> filho, eu estarei a visitar o meu e a depositar algumas flores na sua
> humilde campa, num cemitério dos arredores...
>
> Ah! Já me ia esquecia: Pode ficar tranquila, que o Estado se
> encarregará de tirar parte do meu magro salário para custear o
> sustento do seu filho e, de novo, o colchão que ele queimou, pela
> segunda vez, na cadeia onde se encontrava a cumprir pena, por ser um
> criminoso.
> No cemitério, ou na minha casa, NUNCA apareceu nenhum representante
> dessas "Entidades" que tanto a confortam, para me dar uma só palavra
> de conforto ou indicar-me quais "os meus direitos".
>
> Para terminar, ainda como mãe, peço por favor:
> Façam circular este manifesto! Talvez se consiga acabar com esta
> (falta de vergonha) inversão de valores que assola Portugal e não só...
>
> Direitos humanos só deveriam ser para "humanos direitos" !!!